É científico, conforme a gravidez evolui a quantidade do
hormônio ocitocina (também conhecido como hormônio do amor) passa a ser
liberado em maior quantidade. E quando entramos em trabalho de parto essa
quantidade de hormônio aumenta de maneira bastante expressiva, fazendo assim, a
recém-mamãe se transbordar de amor pelo seu pequenino!
Durante a gravidez li muito a respeito desse tal hormônio. E
realmente sentia cada dia mais esse amor crescer, amor por esse serzinho que
ainda não conhecia fisicamente. Acredito que daí surgiu a expressão “amor de
mãe não tem igual”, pois somos nós que sentimos o efeito desse hormônio
cada vez mais presente.
Sempre que conversei com amigas que já eram mães, perguntava
sobre o parto, sobre a emoção e o amor incondicional que chegava junto com o
nascimento do bebê. E todas respondiam da mesma forma: É um amor que não dá para descrever! Quando nasce você sente um amor
que ultrapassa tudo! E é instantâneo, você olha pela primeira vez e é só amor!
Então, ao ouvir ficava só imaginando como seria quando Maria
Clara chegasse. Maria Clara chegou. E quando vi seu rostinho pela primeira vez
senti uma emoção fora do comum, era ela, a minha filha! Então era assim seu
rostinho, todo redondinho e com bochechas fofas. Linda e muito amada! Surreal!
Os dias que se seguiram na maternidade foram diferentes do
que imaginava. Sentia muita dor dos pontos, a barriga enorme e os órgãos
pareciam soltos, dificuldade para o banho e usar o vaso sanitário, e o bico do
peito rachado (Já!), por tanto, as visitas em alguns momentos se tornavam
torturantes. Mal curtia a presença tão esparada de Maria Clara. E eu me
perguntava: “Será que é assim mesmo?”
Quando chegamos em casa a noção da responsabilidade se tornou
presente: “Precisamos mantê-la viva!
“. Era só nisso que pensávamos, era só isso que queríamos.
Semanas após, comecei a sentir o tal amor que todas minhas
amigas falavam! O amor que é maior que qualquer outro sentimento ou sensação! E
esse amor só tem crescido com o tempo, está cada dia maior (se isso for
possível). Mas acho que na verdade ele sempre esteve junto, porém a
responsabilidade para nós mães de primeira viagem é algo muito mais forte,
principalmente logo que a criança chega.
Se eu soubesse disso, não teria me culpado achando que meu
hormônio estava com algum defeito. Era apenas o meu instinto de proteção do filhote
que falava mais alto... E isso, sem sombra de dúvidas faz parte do amor de uma
mãe!
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Olha a minha barriga na 31° semana de gestação |

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